quarta-feira, 21 de setembro de 2011

RN HOJEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!




Sinto saudades dos tempos em que morava a Rua Presidente Kennedy e meus já saudosos, avô e avó se sentavam á calçada rodeados por crianças – eu e meus amigos e amigas – para contar estórias e contos da carochinha para nos divertir. Lembro-me bem que entravamos noite adentro jogando conversa fora, uma, duas horas da manhã e lá estávamos. Era por volta do final da década de 80 e início de 90. Para mim era uma época segura.  E não apenas por estar sempre perto de meus queridos parentes.
Mas hoje os tempos são outros. Não podemos nos dar ao luxo de tentar fazer valer o nosso direito Constitucional de ir e vir. Senão vejamos:
 - Recuperado carro roubado de militar da aeronáutica
“De acordo com o militar, por volta das 20h30, ele tinha acabado de parar o veículo na porta de casa, quando foi surpreendido pelos homens que chegaram a pé e apontaram as armas na janela. Rendido, ele terminou entregando as chaves do carro e um celular.”¹
 - Grupo armado executa jovem na porta de casa na Redinha
“Francisco Fábio estava sentado na calçada em frente a sua casa. Ele conversava com a avó, o tio, o irmão e um amigo quando três homens chegaram num carro verde. Dois deles desceram calmamente do veículo. Um ainda disse: "Boa noite!". Ao obter a resposta cordial dos moradores, os dois matadores sacaram as pistolas calibre 380 e atiraram na direção do jovem.”¹
Ambos foram crimes cometidos nos últimos anos com boa repercussão em nosso estado. Mas o que se faz necessário frisar é a audácia dos elementos envolvidos nesses crimes. Devassaram não só as vidas das pessoas envolvidas como também seus lares. Neste último caso a vida foi o menos importante.
E o direito de ir e vir pergunto eu? Ultimamente a insegurança tem nos cerceado cada vez mais, e cada vez mais somos obrigados a viver numa atmosfera de medo! Não podemos ir ao mercado, transportar valores ou passear tranquilamente com nossos filhos. Pegar um ônibus então, se tornou uma coisa de altíssimo risco. Que não nos deixe mentir os últimos  atentados ocorridos em Natal e Região Metropolitana na última sexta-feira, quando bandidos atearam fogo a alguns ônibus da frota de transporte público da região.
O Primeiro Comando da Capital ou PCC como costumam nos apresentar, alardeia aos quatro cantos da cidade que foi o responsável pelo caos causado na última semana, inclusive com o hasteamento de uma bandeira no Presídio Estadual de Alcaçuz, e, com este ato desafia nossos governantes. Os ônibus tiveram suas atividades suspensas na última sexta-feira e mais uma vez os bandidos nos enclausuraram em nossas residências.
Não podemos responsabilizar a Polícia Militar por ausência nas suas atividades, uma vez que segundo algumas fontes existem policiais fazendo dobras de serviços há mais de três dias. O problema está no efetivo insuficiente de homens na corporação. Segundo a Lei Complementar 449/2010 o efetivo deveria estar hoje na casa doze mil homens, o que não é condizente com a realidade. No quadro efetivo da PM aqui no estado hoje dispomos de aproximadamente nove mil policiais.
Os Agentes Penitenciários também trabalham sem estrutura, e os Policiais Civis se não comprarem as algemas para trabalhar não têm como efetuar prisões. Não vamos esquecer os Bombeiros Militares do RN, que estão com uma defasagem de mais dois mil homens em seus quadros.
Uma Audiência Pública para tratar da questão dos convocados da Polícia Militar foi marcada para o dia 17 de outubro de 2011 na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte. São mais de oitocentos homens que em virtude desta convocação, abdicaram de carreiras profissionais em detrimento da realização da árdua tarefa de se tornar um policial militar no RN.
Os governantes fazem vista grossa para essa situação. Tornam-se tão insensíveis a este pleito que esquecem que o que está em jogo não é a simples nomeação de um homem, mas em grande parte dos casos a sobrevivência de uma família.
Aguardamos o desenrolar de toda esta situação com a esperança e o pouco de fé que ainda nos resta na nossa administração pública. Alertamos para o que está acontecendo, não precisamos ser especialistas em segurança pública para que notemos que este é apenas o estopim para uma situação caótica que está por vir. Torçamos para que o nosso Rio não se torne em breve um Rio de Janeiro!  
1. Fonte: Jornal Tribuna do Norte
  
JOSÉ IRAMAR FELIX DA SILVA

É SUPLENTE DO CONCURSO DA POLÍCIA MILITAR E FOI CONVOCADO EM 10 DE JANEIRO DE 2011 PARA REALIZAÇÃO DOS TESTES FÍSICOS ATÉ AGORA AGUARDA OS PROCEDIMENTOS SEGUINTES PARA FINALIZAÇÃO DO CONCURSO E SUA NOMEAÇÃO.

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