segunda-feira, 18 de março de 2013

Violência


NÚMERO DE CRIMES VIOLENTOS CRESCE 304% EM 17 ANOS NO RN

O número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no Rio Grande do Norte cresceu 304% nos últimos 17 anos. A informação consta no relatório estatístico divulgado pelo governo do Estado nesta segunda-feira (12). Segundo o relatório, em 1996 o número de vítimas de crimes violentos letais intencionais foi 237; em 2012 esse número saltou para 959. Contudo, o número de habitantes no Estado não aumentou na mesma proporção. Em 1996, de acordo com o IBGE, o Rio Grande do Norte tinha 2,5 milhões de habitantes; em 2012 o número passou para 3,2 milhões, um aumento de 26%. 

Ainda de acordo com o documento divulgado pelo governo do estado, 68% homicídios têm relação com o tráfico de drogas, 10% está relacionada a disputas de gangues ou vingança, 6% é resultado de discussão entre vizinhos, 5% acidental, 3% trata-se de crimes passionais, 2% de latrocínio (roubo seguido de morte), e 2% de confrontos com a polícia.

O secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, Aldair da Rocha, reconheceu que os números são preocupantes e afirmou que é preciso investir em prevenção para reverter esse quadro. “Os números são graves, estamos com índices de uma grande metrópole, e é preciso investir em prevenção, em escolas de qualidade, em atividades de lazer e qualificação para os nossos jovens, para tentar reverter esse quadro. Precisamos de uma política de proteção aos jovens, porque é entre os 8 e 17 anos que eles estão mais vulneráveis, por isso é preciso ocupar esses jovens com atividades educativas, de qualidade, que não os deixem desviar para a vida do crime”, disse o secretário. Além disso, Aldair da Rocha ressaltou que é preciso investir em investigação e inteligência, ter metas para cobrar resultados, e ter áreas integradas em todo o estado para garantir a segurança da população. “Em Pernambuco já existem as áreas integradas. Isso significa dizer que o estado é dividido em várias áreas e cada uma delas tem um comandante da PM e um delegado de Polícia Civil para responder pela região. Eles trabalham integrados, com metas a serem cumpridas, e são cobrados pelos resultados”, afirmou.

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